As substâncias per- e polifluoroalquil (PFAS), popularmente conhecidas como substâncias “eternas” devido à sua longa persistência no meio ambiente e no corpo humano, são amplamente utilizadas em produtos de uso cotidiano. Essas substâncias estão presentes em revestimentos antiaderentes, embalagens de alimentos, espumas contra incêndios e até em tecidos resistentes à água. No entanto, um novo estudo revelou um impacto preocupante dessas substâncias na saúde humana: elas podem estar associadas a problemas de sono crônicos, como insônia e baixa qualidade do sono.
As PFAS são conhecidas por sua durabilidade e resistência à degradação, o que significa que elas se acumulam no organismo com o tempo. Esse estudo específico analisou dados de grandes populações e encontrou uma correlação significativa entre altos níveis de exposição às PFAS e distúrbios do sono. Uma vez no organismo, essas substâncias podem interferir no sistema endócrino e no ciclo circadiano, prejudicando a regulação hormonal essencial para um sono reparador.
A exposição prolongada a essas substâncias também foi associada a outros problemas de saúde, como disfunções imunológicas, câncer e problemas de desenvolvimento. Dada a ubiquidade das PFAS no ambiente moderno, é difícil evitá-las completamente. No entanto, especialistas recomendam minimizar o uso de produtos que possam conter essas substâncias, como embalagens plásticas e utensílios de cozinha antiaderentes, e buscar alternativas mais seguras.
Além disso, os resultados deste estudo sublinham a necessidade urgente de políticas regulatórias mais rigorosas. Muitos países ainda estão na fase inicial de regulamentação do uso de PFAS, e esse novo dado sobre sua relação com o sono pode ser um argumento poderoso para aumentar as restrições e promover a pesquisa sobre substitutos seguros.